Os teclados de computador, essenciais na interface humano-máquina, têm uma história rica e detalhada que se estende desde o século XIX. A origem desses dispositivos remonta às primeiras máquinas de escrever, inventadas por Christopher Latham Sholes em 1868. Sholes, juntamente com seus colegas Carlos Glidden e Samuel Soule, desenvolveu a primeira máquina de escrever prática e bem-sucedida. O design dessa máquina, incluindo o famoso layout QWERTY, serviu de base para os teclados de computador modernos.
Nos primeiros computadores, como o ENIAC e o UNIVAC, os teclados não eram componentes primários. A interação era feita principalmente através de cartões perfurados e fitas magnéticas. Contudo, à medida que os computadores evoluíram nos anos 1960 e 1970, a necessidade de métodos de entrada mais eficientes tornou-se evidente. Os teclados começaram a ser integrados como dispositivos essenciais para a entrada de dados e comandos.
A introdução dos terminais de vídeo interativos (VDUs) nos anos 70 marcou um ponto de virada na história dos teclados. Esses terminais permitiam que os usuários digitassem diretamente em uma tela, tornando a interação com o computador mais intuitiva. Modelos como o VT100 da Digital Equipment Corporation (DEC) foram fundamentais na popularização dos teclados, pois permitiam uma comunicação bidirecional eficiente entre o usuário e o computador.
Os primeiros teclados de computador baseavam-se em interruptores mecânicos para cada tecla. Esses interruptores, conhecidos como "chaves de ação mecânica", eram robustos e ofereciam um feedback tátil satisfatório, tornando a digitação precisa e agradável. Empresas como a IBM lideraram a produção desses teclados, com o Modelo M, lançado em 1984, sendo um dos mais icônicos e duradouros, Com o advento dos computadores pessoais nos anos 1980, a demanda por teclados cresceu exponencialmente. Diversos layouts e designs foram explorados para atender às diferentes necessidades dos usuários. Além do layout QWERTY, outros como o AZERTY e o Dvorak ganharam popularidade em determinadas regiões e nichos específicos. A ergonomia também começou a ser uma consideração importante, resultando em teclados projetados para reduzir a fadiga do usuário.
Nos anos 90, a tecnologia de membrana tornou-se popular em teclados de computador devido ao seu custo mais baixo e design mais compacto. Os teclados de membrana utilizam uma camada flexível que, quando pressionada, fecha o circuito elétrico, registrando a pressão da tecla. Embora menos duráveis e com feedback tátil inferior aos teclados mecânicos, os teclados de membrana dominaram o mercado devido à sua acessibilidade econômica.
A introdução de teclados sem fio representou outra inovação significativa. Utilizando tecnologias como infravermelho, rádio frequência e, mais recentemente, Bluetooth, esses teclados ofereceram maior liberdade e mobilidade aos usuários. As conexões sem fio eliminaram a necessidade de cabos, tornando as configurações de computador mais limpas e organizadas, Na era dos smartphones e tablets, os teclados virtuais e touchscreen emergiram como alternativas aos teclados físicos. Esses teclados, que aparecem na tela dos dispositivos, são altamente configuráveis e podem ser personalizados conforme as preferências do usuário. Apesar de sua conveniência, muitos usuários ainda preferem teclados físicos para tarefas que exigem digitação intensiva, como redação de textos longos e programação.